O SINTERP/BA (Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade da Bahia),mais uma vez apoia à paralisação dos trabalhadores Radialistas que são contratados pela (NVP) Núcleo Vídeo e Produções, produtora responsável pelas transmissões das aulas em videoconferência (online) projeto do Instituto Anísio Teixeira (IAT), que atende no mínimo 430 cidades da Bahia. Este é um projeto social do Governo do Estado da Bahia, com extrema capacidade de alcance, para pessoas com enorme dificuldade de adquirir sua formação.

O EMITec (Ensino Médio com Intermediação Tecnológica) leva a educação a regiões remotas, atuando onde não há oferta de Ensino Médio ou com carência de profissionais com formação específica. É uma iniciativa baiana e pioneira no que se propõe, fazendo uso de uma rede de serviços de comunicação multimídia que integra dados, voz e imagem, constituindo-se em uma alternativa pedagógica para atender a jovens e adultos que moram em localidades distantes ou de difícil acesso. São aulas ao vivo, de segunda a sexta, transmitidas de Salvador para todas as teles salas. Para isso é usada uma moderna plataforma de telecomunicações, com uso de soluções tecnológicas que incluem videoconferência e permitem a interatividade dos estudantes com os professores. As aulas também são gravadas e postadas no ambiente virtual de aprendizagem, para serem vistas a qualquer momento pelos alunos. O aluno formado pelo EMITec está preparado para frequentar a universidade. Além da equipe técnica que trabalha na operacionalização das videoaulas, trabalhadores representados pelo SINTERP/BA, existe um corpo docente formado por professores do estado.

 Diante da constante rotina no atraso ao pagamento dos salários dos profissionais da comunicação no Instituto Anísio Teixeira, aulas ficarão suspensas por tempo indeterminado, caso não sejam pagos os salários de março e abril/2019 ,se quer existe uma posição concreta sobre os pagamentos, a Produtora terceirizada NVP Produções, informa que não recebe seus repasses da Secretaria de Educação do Estado desde o mês de dezembro/2018, e que não tem nenhuma previsão para pagar os salários enquanto não receber. Com essa paralisação ficarão mais de 20 mil alunos do ensino médio em quase 250 municípios sem aulas. Uma total falta de seriedade pelas atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, que são fundamentais para o desenvolvimento e andamento do projeto, mais uma vez condenamos qualquer tipo de situação que desrespeite as condições de trabalho e que viole os direitos dos trabalhadores.