Corpo jurídico do SINTERP-BA esclarece as dúvidas sobre os direitos dos trabalhadores da comunicação nas questões ligadas ao período da pandemia

Quase um ano e meio depois do início da Pandemia do Coronavírus, muitos profissionais ainda têm dúvidas quando o assunto envolve os direitos trabalhistas em torno das questões que são consequência da pandemia. A imprensa foi considerada, oficialmente, atividade essencial desde março de 2020. Ou seja, os profissionais da área não pararam. Apenas uma parte pode ficar em home office. Essenciais, legalmente e na prática – para informar a população, sem parar e sem vacinar. Até hoje não é toda a categoria que está imunizada, ao contrário de muitas outras, também decretadas como atividade essencial.

Aqui na Bahia, a vacinação aos profissionais de comunicação de forma prioritária só chegou até os 40 anos, deixando de fora grande parte daqueles que estão circulando nas ruas diariamente e não puderam em nenhum momento trabalhar de casa. De acordo com o SINJORBA, Sindicato de Jornalistas da Bahia, parceiro do SINTERP-BA na luta pela vacinação, 453 profissionais da imprensa adoeceram e 31 morreram por COVID, do período de março de 2020 até junho de 2021. E podemos dizer que este número é subnotificado, uma vez que nem todos responderam às pesquisas feitas, ou não notificaram, em especial os autônomos, que não estão ligados às grandes empresas. Em nível nacional, uma pesquisa feita pela FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas, divulgada em junho deste ano, mostrou que a média de mortes dos profissionais subiu 277 por cento em 153 dias, quando comparado com o ano de 2020. Em janeiro deste ano, a organização suíça Press Emblem Campaing mostrava o Brasil como o segundo país no mundo onde mais profissionais da imprensa morrem por COVID.

Para além da imunização, que não veio de forma prioritária a todos, a categoria da comunicação ainda enfrentou um amplo quadro de demissões, aumento da carga de trabalho e da pressão, além da redução dos valores pagos pelos serviços aos autônomos. O segmento do mercado publicitário foi duramente atingido pela pandemia, com cortes nos investimentos em publicidade nos veículos tradicionais, por parte das empresas anunciantes. Sem a verba vinda da publicidade, as consequências ficaram para os operários do setor, os profissionais da imprensa.

Essa situação de vulnerabilidade fez o SINTERP-BA estar ainda mais atento para o cumprimento dos direitos dos trabalhadores. Então, vamos listar aqui as orientações do corpo jurídico do sindicato para você também ficar atento e tomar as devidas providências – denunciar – caso haja alguma irregularidade.

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